Meu casamento

Meu casamento

sábado, 24 de setembro de 2011

Descritores

Texto 1
Meu diário
Texto 2
A profissão de pai
1-Os dois textos falam sobre pais, mas apenas o segundo texto

(A) trata dos horários impostos pelos pais.
(B) comenta sobre as broncas dos pais.
(C) fala sobre as brincadeiras dos pais.
(D) discute sobre o que os pais fazem.

Meu diário

2-No texto "Meu Diário", frases como "Pai é um negócio fogo..."
"...o Beto é o maior folgado..."
e "...mixou a brincadeira"

indicam um tipo de linguagem utilizada mais por

(A) idosos.
(B) professores.
(C) crianças.
(D) cientistas


Feias, sujas e imbatíveis (fragmento)


  As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos,
sobrevivem tanto no deserto como nos polos e podem ficar até
30 dias sem comer. Vai encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a
05 chegada do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente
seria, se não fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como
nós, elas também ficam bem animadas com o calor. Aproveitam a aceleração
de seus processos bioquímicos para se reproduzirem mais rápido e, claro,
para passearem livremente por todos os cômodos de nossas casas.
10 Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante
indesejada, ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro,
são três vezes maiores.
Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, nº 151, fevereiro de 2004, p. 26.


3-A expressão "Vai encarar?" (l. 3) é marca de linguagem
(A) científica.
(B) formal.
(C) informal.
(D) regional.

Seja Criativo: Fuja das Desculpas Manjadas

  Entrevista com teens, pais e psicólogos mostram que os adolescentes
dizem sempre a mesma coisa quando voltam tarde de uma festa.
Conheça seis desculpas entre as mais usadas. Uma sugestão: evite-as.
Os pais não acreditam.
- Nós tivemos que ajudar uma senhora que estava passando muito
mal. Até o socorro chegar... A gente não podia deixar a pobre
velhinha sozinha, não é?
- O pai do amigo que ia me trazer bateu o carro. Mas não se pre-
ocupem, ninguém se machucou!
10  - Cheguei um minuto depois do ônibus ter partido. Aí tive de ficar horas esperando uma carona...
- Você acredita que o meu relógio parou e eu nem percebi?
- Mas vocês disseram que hoje eu podia chegar tarde, não se
lembram?
15 - Eu tentei avisar que ia me atrasar, mas o telefone daqui só dava
ocupado!
 
 

4. De acordo com o texto, os pais não acreditam em
(A) adolescentes.
(B) psicólogos.
(C) pesquisas.

(D) desculpas.

 


Minha Sombra


5 De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco
começam a me arremedar.
E quando eu saio
a minha sombra vai comigo
  fazendo o que eu faço
seguindo os meus passos
.
10
Depois é meio-dia.
E a minha sombra fica do tamaninho
de quando eu era menino.
 15 Depois é tardinha.
E a minha sombra tão comprida
brinca de pernas de pau.

Minha sombra, eu só queria
ter o humor que você tem,
20 ter a sua meninice,
ser igualzinho a você.

E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
como eu fazia em criança:
25 Minha sombra
você põe a sua mão
por baixo da minha mão,
vai cobrindo o rascunho dos meus poemas
sem saber ler e escrever.
LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. 19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958.

5. De acordo com o texto, a sombra imita o menino
(A)manhã.
(
B) ao meio-dia.
(C) à tardinha.
(D) à noite.


Prezado Senhor,


  Somos alunos do Colégio Tomé de Souza e temos interesse em
assuntos relacionados a aspectos históricos de nosso país, princi-
palmente os relacionados ao cotidiano de nossa História, como era
o dia a dia das pessoas, como eram as escolas, a relação entre pais
e filhos etc. Vínhamos acompanhando regularmente os suplementos 
  publicados por esse importante jornal. Mas agora não encontramos
mais os artigos tão interessantes. Por isso, resolvemos escrever-lhe
e solicitar mais matérias a respeito.

  6-O tema de interesse dos alunos é
(A) cotidiano.
(B) escola
.
(C) História do Brasil.
(D) relação entre pais e filhos


O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. "Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!" Olhou fundo nos olhos dele e disse: "Você vai virar um sapo!" Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.

ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.

  7-No trecho "O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava", a expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.

 
Duas Almas

5 Ó tu, que vens de longe, ó tu, que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho,
vives sozinha sempre, e nunca foste amada...

A neve anda a branquear, lividamente, a estrada,
10 e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.

E amanhã, quando a luz do sol dourar, radiosa,
essa estrada sem fim, deserta, imensa e nua,
  podes partir de novo, ó nômade formosa!
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha.
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...

WAMOSY, Alceu. Livro dos Sonetos. L&PM.

  8-No verso "e a minha alcova tem a tepidez de um ninho" (v. 6), a expressão sublinhada dá sentido de um lugar
(A) aconchegante.
(B) belo.
(C) brando.
(D) elegante. 




O Drama das Paixões Platônicas na Adolescência


  Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e
audição. Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira.
Matriculada na 8ª série, a garota está determinada a ganhar o gato
do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos 
5   de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples,
pois o moço só tem olhos para Lúcia - justo a maior 
"crânio" da escola.
E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis
da conquista elaboradas pela amiga.

Revista Escola, março 2004, p. 63

9-Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais. 



Vínculos, As Equações da Matemática da Vida

5 Quando você forma um vínculo com alguém, forma
uma aliança. Não é à toa que o uso de alianças é um dos
símbolos mais antigos e universais do casamento. O círculo
dá a noção de ligação, de fluxo, de continuidade. Quan-
do se forma um vínculo, a energia flui. E o vínculo só se
10 mantém vivo se essa energia continuar fluindo. Essa é a
ideia de mutualidade, de troca.
Nessa caminhada da vida, ora andamos de mãos dadas,
em sintonia, deixando a energia fluir, ora nos distanciamos.
Desvios sempre existem. Podemos nos perder em
15 um deles e nos reencontrar logo adiante. A busca é permanente.
O que não se pode é ficar constantemente fora
de sintonia.
Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se
completar através do outro, buscando sua metade no
20 mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1.
"Para eu ser feliz para sempre na vida, tenho que ser a
metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a
sorte grande era achar a sua cara-metade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo
25 um sentido de individualização maior e a equação
mudou. Ficou: 1 + 1 = 1.
"Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira, com todas as
minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou
formar uma unidade com meu companheiro, que também
30 é um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres inteiros
se encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados
num casamento fechado, tradicional. Anulavam-se
mutuamente.
Com a revolução sexual e os movimentos de libertação
35 feminina, o processo de individuação que vinha aconte-
cendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1
= 1 + 1.
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus
problemas, cuidar da minha própria vida. Você deve fazer
40 o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência
absoluta, caso com você, que também é assim." Em
nome dessa independência, no entanto, faltou sintonia,
cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do
casamento que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.
45 Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as
pessoas procurando outro tipo de equação: 1 + 1 = 3.
Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido
do ponto de vista emocional e existencial. Existem
você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é algo diferente
50 de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta
de casamento, o que é meu é meu, o que é seu é seu
e o que é nosso é nosso.
Talvez aí esteja a grande mágica que hoje buscamos,
a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo
55 afetivo. Tenho que preservar o meu eu, meu processo de
descoberta, realização e crescimento, sem destruir a relação.
Por outro lado, tenho que preservar o vínculo sem
destruir a individualidade, sem me anular.
Acho que assim talvez possamos chegar ao ano 2000
60 um pouco menos divididos entre a sede de expressão individual
e a fome de amor e de partilhar a vida. Um pouco
mais inteiros e felizes.
Para isso, temos que compartilhar com nossos companheiros
de uma verdadeira intimidade. Ser íntimo é ser
  próximo, é estar estreitamente ligado por laços de afeição
e confiança.

MATARAZZO, Maria Helena. Amar É Preciso. 22.
ed. São Paulo: Editora Gente, 1992, p. 19-21

10. O texto trata PRINCIPALMENTE
(A) da exatidão da matemática da vida.
(B) dos movimentos de libertação feminina.
(C) da loteria do sucesso no casamento.
(D) do casamento no passado e no presente.

Qualquer vida é muita dentro da floresta

  Se a gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma
05 sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas.
E nascem novas folhas.
10 Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimento.
Os pássaros deixam cair as sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
As luzes dos vaga-lumes são estrelas na
15 terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.
No trecho "Há uma vida dentro dela que setransforma sem parar" (v. 4-5), a palavra sublinhada refere-se à

(A) floresta.
(B) chuva.
(C) terra.
(D) cor.


Qualquer vida é muita dentro da floresta

  Se a gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma
05 sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas.
E nascem novas folhas.
10 Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimento.
Os pássaros deixam cair as sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
As luzes dos vaga-lumes são estrelas na
15 terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.
11-No trecho "Há uma vida dentro dela que setransforma sem parar" (v. 4-5), a palavra sublinhada refere-se à

(A) floresta.
(B) chuva.
(C) terra.
(D) cor.

12-No trecho "Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu prêmios, entre eles contam o Jabuti" (l. 19-20), a palavra destacada refere-se a

(A) lápis.
(B) livros.
(C) pincéis.
(D) prêmios.

A vassoura
13-No trecho "Caso a vassoura não preste, ela poderá ter outras utilidades", a palavra sublinhada refere-se à

(A) altura do voo.
(B) bengala da bruxa.
(C) bruxa machucada.
(D) vassoura mágica.

14. O texto é divertido, PRINCIPALMENTE, porque
(A) apresenta uma bruxa trapalhona e medrosa.
(B) dá instruções sobre como fabricar uma vassoura.
(C) ensina como a bruxa deve limpar a sua casa.
(D) trata de como fazer uma vassoura e usá-la no fogão. 


15-No texto, uma PASSAGEM ENGRAÇADA é
(A) "Amarre um feixe de ramos secos".
(B) "A versão moderna da vassoura tem suas limitações".
(C) "Bata numa superfície dura".
(D) "Enfie o cabo da vassoura no feixe".



Qualquer vida é muita dentro da floresta 

  Se a gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por dentro é diferente.
A floresta está sempre em movimento.
Há uma vida dentro dela que se transforma
05 sem parar.
Vem o vento.
Vem a chuva.
Caem as folhas.
E nascem novas folhas.
10 Das flores saem os frutos.
E os frutos são alimento.
Os pássaros deixam cair as sementes.
Das sementes nascem novas árvores.
As luzes dos vaga-lumes são estrelas na
15 terra.
E com o sol vem o dia.
Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento.

16-O que diz o trecho

"Esquenta a mata.
Ilumina as folhas.
Tudo tem cor e movimento."

acontece porque
(A) aparecem estrelas.
(B) brotam flores.
(C) chega o sol.
(D) vem o vento. 


17. A menina do texto
(A) chora de tristeza ao verificar que está trocando dentes.
(B) está trocando seus dentes de leite e não gosta disso.
(C) reclama da dor que sente ao trocar os dentes.
(D) usa o espelho para observar a beleza dos seus dentes.


O menino que mentia

  Um pastor costumava levar seu rebanho para fora da aldeia. Um dia
resolveu pregar uma peça nos vizinhos.
- Um lobo! Um lobo! Socorro! Ele vai comer minhas ovelhas! Os
vizinhos largaram o trabalho e saíram correndo para o campo para
05   socorrer o menino. Mas encontraram-no às gargalhadas. Não havia lobo
nenhum.
Ainda outra vez ele fez a mesma brincadeira e todos vieram ajudar;
e ele caçoou de todos.
Mas um dia o lobo apareceu de fato e começou a atacar as ovelhas.
10 Morrendo de medo, o menino saiu correndo.
- Um lobo! Um lobo! Socorro!
Os vizinhos ouviram, mas acharam que era caçoada. Ninguém
socorreu e o pastor perdeu todo o rebanho.
Ninguém acredita quando o mentiroso fala a verdade.

BENNETT, William J. O Livro das Virtudes para Crianças. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.


18. O texto tem a finalidade de
(A) dar uma informação.
(B) fazer uma propaganda.
(C) registrar um acontecimento.
(D) transmitir um ensinamento.

19. O objetivo do texto é
(A) alertar.
(B) anunciar.
(C) criticar.
(D) divertir.


A criação segundo os índios Macuxis

No início era assim: água e céu.
Um dia, um Menino caiu na água. O sol quente soltou a pele do Menino. A pele escorregou e formou a terra. Então, a água dividiu o lugar com a terra.
E o Menino recebeu uma nova pele cor de fogo.
No dia seguinte, o Menino subiu numa árvore. Provou de todos os frutos. E jogou todas as sementes ao vento. Muitas sementes caíram no chão. E viraram bichos. Muitas sementes caíram na água. E viraram peixes. Muitas sementes continuaram boiando no vento. E viraram pássaros.
No outro dia, o Menino foi nadar. Mergulhou fundo. E encontrou um peixe ferido. O peixe explodiu. E da explosão surgiu uma Menina.
O Menino deu a mão para a Menina. E foram andando. E o Menino e a Menina foram conhecer os quatro cantos da Terra.

Texto II
A criação segundo os negros Nagôs


Olorum. Só existia Olorum. No início, só existia Olorum.
Tudo o mais surgiu depois.
Olorum é o Senhor de todos os seres.
Certa vez, conversando com Oxalá, Olorum pediu:
- Vá preparar o mundo!
E ele foi. Mas Oxalá vivia sozinho e resolveu casar com Odudua. Deste casamento, nasceram Aganju, a Terra Firme, e Iemanjá, Dona das Águas. De Iemanjá, muito tempo depois, nasceram os Orixás.
Os Orixás são os protetores do mundo.
BORGES, G. et al. Criação. Belo Horizonte: Terra, 1999.

20-Comparando-se essas duas versões da criação do mundo, constata-se que
(A) a diferença entre elas consiste na relação entre o criador e a criação.
(B) a origem do princípio religioso da criação do mundo é a mesma nas duas versões.
(C) as divindades, em cada uma delas, têm diferentes graus de importância.
(D) as diferenças são apenas de nomes em decorrência da diversidade das línguas originárias. 


Assaltos insólitos

  Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns, contados depois,
até que são engraçados. É igual a certos incidentes de viagem, que,
quando acontecem, deixam a gente aborrecidíssimo, mas depois,
narrados aos amigos num jantar, passam a ter sabor de anedota.
05   Uma vez me contaram de um cidadão que foi assaltado em sua
casa. Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, no
ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais, mas muitos
o são na própria casa. O que não diminui o desconforto da situação.
Pois lá estava o dito-cujo em sua casa, mas vestido em roupa de
10 trabalho,  pois resolvera dar uma pintura na garagem e na cozinha.
As crianças haviam saído com a mulher para fazer compras e o
marido se entregava a essa terapêutica atividade, quando, da
garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos suspeitos.
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia:
15 — É um assalto, fica quieto senão leva chumbo.
Ele já se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos
ladrões pergunta:
— Cadê o patrão?
Num rasgo de criatividade, respondeu:
20 — Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta.
— Então vamos lá dentro, mostre tudo.
Fingindo-se, então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo
para livrar sua cara, começou a dizer:
— Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me lixando, não gosto desse patrão.
25 Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele rádio ali?
Olha, se eu fosse vocês levava aquele som também. Na cozinha tem
uma batedeira ótima da patroa. Não querem uns discos? Dinheiro
não tem, pois ouvi dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro
do armário tem uma porção de caixas de bombons, que o patrão é 
30 tarado por bombom.
Os ladrões recolheram tudo o que o falso empregado indicou e
saíram apressados.
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos.
Sentado na sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do 
35 próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo.

SANTANNA, Affonso Romano. Porta de Colégio e Outras Crônicas.
São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para Gostar de Ler).
21-É exemplo de linguagem formal, no texto,

(A) "dito-cujo". (l. 9)
(B) "adentrar". (l. 12)
(C) "pão-duro". (l. 25)
(D) "botam". (l. 28)

A vassoura
22-No trecho "Caso a vassoura não preste, ela poderá ter outras utilidades", a palavra sublinhada refere-se à

(A) altura do voo.
(B) bengala da bruxa.
(C) bruxa machucada.
(D) vassoura mágica.



23-Considerando-se os dados relativos às verbas recebidas e ao desempenho em matemática, nos estados, conclui-se que
(A) há uma relação direta entre quantidade de verbas por aluno e desempenho médio dos alunos.
(B) Minas Gerais teve menos recursos por aluno e apresentou baixo desempenho médio dos alunos.
(C) o maior beneficiado com recursos financeiros por aluno foi Roraima.
(D) São Paulo recebeu maiores verbas por aluno por ser o maior estado.

 
Há muitos séculos, o homem vem construindo aparelhos para medir o tempo e não lhe deixar perder a hora. Um dos mais antigos foi inventado pelos chineses e consistia em uma corda cheia de nós a intervalos regulares. Colocava-se fogo ao artefato e a duração de algum evento era medida pelo tempo que a corda levava para queimar entre um nó e outro. Não há registros, mas com certeza diziam-se coisas como: "Muito bonito, não? Você está atrasado há mais de três nós!"
Jornal O Estado de S.Paulo, 28/05/1992.

 

24-A finalidade do texto é

(A) argumentar.
(B) descrever.
(C) informar.
(D) narrar.




25-Na tirinha, há traço de humor em
(A) "Que olhar é esse, Dalila?"
(B) "Olhar de tristeza, mágoa, desilusão..."
(C) "Olhar de apatia, tédio, solidão..."
(D) "Sorte! Pensei que fosse conjuntivite!"



As Amazônias
5 Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a
Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja
pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do
mundo. No início era assim: água e céu.
É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas,
      cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios
desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.

SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995

26-No texto, o uso da expressão "água que não acaba mais" (l. 7) revela
(A) admiração pelo tamanho do rio.
(B) ambição pela riqueza da região.
(C) medo da violência das águas.
(D) surpresa pela localização do rio.


Magia das Árvores

5    — Eu já lhe disse que as árvores fazem frutos do nada e isso é a mais
pura magia. Pense agora como as árvores são grandes e fortes, velhas e
generosas e só pedem em troca um pouquinho de luz, água, ar e terra.
É tanto por tão pouco! Quase toda a magia da árvore vem da raiz. Sob
a terra, todas as árvores se unem. É como se estivessem de mãos dadas.
10 Você pode aprender muito sobre paciência estudando as raízes. Elas vão
penetrando no solo devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos solos
mais duros. Aos poucos vão crescendo até acharem água. Não erram
nunca a direção. Pedi uma vez a um velho pinheiro que me explicasse
por que as raízes nunca se enganam quando procuram água e ele me
15 disse que as outras árvores que já acharam água ajudam as que ainda
estão procurando.
— E se a árvore estiver plantada sozinha num prado?
— As árvores se comunicam entre si, não importa a distância. Na verdade,
nenhuma árvore está sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se
  disso.
Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992.


27-No trecho "Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se disso" (l. 15-16), as frases curtas produzem o efeito de
(A) continuidade.
(B) dúvida.
(C) ênfase.
(D) hesitação.



 

domingo, 4 de setembro de 2011

Locução adverbial
Locução adverbial

Atividades advérdios e locução adverbial

 O que entendes por advérbios?

Palavra invariável em género e número, pertencente a uma classe com elementos com características bastante heterogéneas do ponto de vista morfológico, sintáctico e semântico.
Tipicamente, os advérbios desempenham a função sintáctica de modificadores de frase e do grupo verbal e a função sintáctica de complementos adverbiais.
Adoptando uma classificação com base em critérios sintácticos, reconhecem-se as subclasses de advérbios de negação, advérbios adjuntos, advérbios disjuntos e advérbios conectivos.


 Como podes classificar os advérbios?













– Sublinhas os advérbios presentes nas frases.

1. Este período de glória foi breve.

2. À distância voltou-se: ainda viu o seu vestido azul.

3. Vejo um bocadinho do Tejo que está no fim da rua.

4. Deixa estar, este senhor embrulha-o. Quanto custa?

5. Era necessário que fosse um bem grande homem.

6. O caixeiro estava tão excitado que a sua voz gaguejava.

7. Isso é falta de base, fraqueza de materiais.

8. Pouco foi o nosso trato, mas quanto bastou para me encontrar.

9. E fora, no silêncio de domingo, nas ruas mudas, a neve caía suavemente.

10. Também não lhes conheço outro.

11. Nunca se voltaram para o infeliz, senão para lhe pedirem salame.

12. Apenas clareou, partiram para a pesca.

13. Já está servido o almoço aos clientes.

14. Tenho-o visto depois, frequentemente, ao passar em Londres.

sábado, 3 de setembro de 2011

Avaliação Mensal do 8ºAno A

BILHETE AO SENHOR GRILO
Senhor Grilo, por favor,
Interrompa a cantoria.
Não sei como nem por quê,
Não me deixa adormecer
Com seu cricri noite e dia.
Se quiser, meu senhor Grilo,
Vá cantar pra sua tia.
Fonte: Sérgio Caparelli. 111 poemas para crianças. Porto Alegre, LP&M, 2003.

1-No bilhete ao senhor Grilo é pedido que ele:
(A)cante noite e dia.
(B)interrompa a cantoria.
(C)adormeça a vizinhança.
(D)convide sua tia para cantar.

2-O último verso do poema “Vá cantar pra sua tia.” revela que quem escreve o bilhete está
(A)irritado.
(B)agradecido.
(C)emocionado.
(D)desconfiado.

As árvores e o machado
Havia uma vez um machado que não tinha cabo. As árvores resolveram que uma delas lhe daria a madeira para fazer um cabo.
 Um lenhador, encontrando o machado de cabo novo, começou a derrubar a mata.
Uma árvore disse a outra:
           – Nós mesmas é que temos culpa do que está acontecendo.
Se não tivéssemos dado um cabo ao machado, estaríamos agora livres dele.
ROCHA, Ruth. Fábulas de Esopo. São Paulo, FTD, 2006.

3-A frase que expressa uma opinião é:
(A)“Havia uma vez um machado que não tinha cabo.”
(B)´“um lenhador, (...) começou a derrubar a mata.”
(C)“Nós mesmas é que temos culpa do que está acontecendo.”
(D)“...uma delas lhe daria a madeira para fazer um cabo.”

Bolo

Sete de cada lado, as mulheres assistindo, todos com barriga e pouco fôlego, menos o Arruda. O Arruda em grande forma. Magro, ágil, boa cabeleira. Cinquenta anos, e brilhando. Foi depois de o Arruda dar um passe para ele mesmo, correr lá na frente como um menino, chutar com perfeição e fazer o gol, para delírio das mulheres, que todo o time correu para abraçá-lo. Que gol! O Arruda era demais. Empilharam-se em cima do Arruda. Apertaram o Arruda. Beijaram o Arruda. O Arruda depois diria que alguém tentara morder a sua orelha. Quando o Arruda quis se levantar para recomeçarem o jogo, não deixaram. Derrubaram o Arruda outra vez. Quando ele parecia que estava conseguindo se livrar dos companheiros, veio o time adversário e também pulou no bolo pra cumprimentar o Arruda. O Arruda acabou tendo que sair de campo, trêmulo, amparado pelas mulheres indignadas, enquanto o jogo recomeçava, agora só com os fora de forma. Na hora do churrasco, o Arruda ainda não estava totalmente recuperado da comemoração, para aprender.
VERISSIMO, Luis Fernando. O melhor das comédias da vida privada. Editora Objetiva.

4-O que motivou os jogadores a se atirarem sobre o Arruda foi:
(A)a alegria.
(B)a euforia.
(C)a raiva.
(D)a gratidão.


5-A razão das mulheres terem ficado indignadas foi:
(A)o fato de terem sido as últimas a abraçar o Arruda.
(B)o futebol ser um esporte coletivo e o Arruda ter feito tudo sozinho.
(C)o tempo que o jogo ficou parado devido à comemoração.
(D)o estado em que deixaram o Arruda.

6-Identifique as vozes verbais ds orações seguintes,utilizando o seguinte código:

 (A)voz ativa                                            (B)voz passiva analítica
(C)voz passiva sintética                            (D)voz reflexiva

a) (  ) Governo eleva tarifas.
b) ( ) Seis jovens são baleados por atiradores.
c) (  ) Estudam-se propostas.
d) (  ) A energia elétrica é levada por cabos de alumínio.
e) ( ) Procura-se um imperador.
f) (  ) Bingos são fechados por policiais.
g) (  ) Ator e cantor surpreendeu a própria parceira.
h) (  )PM exigirá prisão do delinqüente.
i) (  ) As informações serão prestadas pelo setor de desenvolvimento humano da instituição.




7. Transforma as orações abaixo em voz passiva analítica.
a) Nintendo lidera guerra dos games.
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b) Cuba prepara reaparição de Fidel Castro.
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c) Empresas adotam a prática da ginástica Laboral

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                                                                                  Boa prova!