Meu casamento
terça-feira, 26 de junho de 2012
Webquest : Meio Ambiente
Ao trabalhar a webquest notei um interesse muito bom por
partes dos alunos,as atividades a serem
realizadas teve um desenvolvimento satisfatório e fiquei contente com o
resultado da criação do gibi on line.
Para melhor conclusão confiram as fotos:
quinta-feira, 21 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Crônicas
Cronica de Armando Nogueira quando Zico se despediu
do futebol:
"A última noite"
Maracanã, enfeita de bandeiras tuas arquibancadas que hoje é dia de
festa no futebol. Encomenda um céu repleto de estrelas. Convida a lua (de
preferência, a lua cheia). Veste roupa de domingo nos teus gandulas. Põe pilha
nova no radinho do geraldino. E, por favor, não esquece de regar a grama (de
preferência, com água-de-cheiro). Avisa à multidão que ninguém pode faltar. É
despedida do Zico e estou sabendo, de fonte limpa, que, hoje à noite, ele vai
repartir conosco a bela coleção de gols que fez nos seus vinte anos de
Maracanã. Eu até já escolhi o meu: quero aquela obra-prima, o segundo gol do
Brasil contra o Paraguai nas Eliminatórias do Mundial de 1986. Lembro-me como
se fosse hoje. Zico recebe de Leandro um passe de meia distância já na linha
média dos paraguaios. Um efeito imprevisto retarda a bola uma fração de
segundo. Zico vai passar batido - pensei. Pois sim. Sem a mais leve hesitação,
sem sequer baixar os olhos, ele cata a bola lá atrás com o peito do pé, dá dois
passos e, na mesma cadência, acerta o canto esquerdo do goleiro paraguaio.
Passei uma semana vendo e revendo no teipe aquele instante mágico de um corpo
em harmonioso movimento com o tempo e com o espaço. E a bola, coladinha no pé,
parecia amarrada no cadarço da chuteira. Um gol de enciclopédia. Se o amável
leitor aceita uma sugestão, dou-lhe esta: escolha um dos gols que Zico fez
graças à sua arte singular de chutar bola parada. Chutar a bola de falta à
entrada da área é um talento que Deus lhe deu mas não de mão beijada, como
imaginam os desavisados. Zico trabalhou seriamente, anos e anos, para alcançar
a perfeição dos efeitos sublimes. À tardinha, quando terminava o treino, ele
costumava ficar sozinho no campo do Flamengo - ele, uma barreira artificial,
uma bola e uma camisa caprichosamente pendurada no canto superior das traves. A
camisa era o alvo.
Zico passava horas sem fim, chutando rente à barreira e derrubando a
camisa lá de cima das traves. Chegava o domingo, na cobrança da falta, a bola
já estava cansada de saber onde ela tinha que entrar. Não tenho dúvida em dizer
que tardará muito até que apareça alguém que domine como Zico o dom de cobrar
falta ali da meia-lua. Celebremos, querido torcedor, a última noite do maior
artilheiro da história do Maracanã. Será uma despedida de apertar o coração. Se
te der vontade de chorar, chora. Chora sem procurar esconder a pureza da tua
emoção. Basta uma lágrima de amor para imortalizar o futebol de um supercraque.
Cantemos, Maracanã, teu filho ilustre, relembrando em comunhão os dribles mais
vistosos, os passes mais ditosos, os gols mais luminosos desse fidalgo dos
estádios que tem uma vida cheia de multidões. Louvemos o poeta Zico que jogava
futebol como se a bola fosse uma rosa entreaberta a seus pés. "
A IMPONTUALIDADE DO AMOR
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreende
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreende
Assinar:
Postagens (Atom)